A obesidade é uma das doenças com maior prevalência ao redor do mundo, sofrendo maior aumento por influência da urbanização, sendo que as pessoas se tornaram mais sedentárias devido ao tipo de transporte de trabalho utilizado e também a mudança alimentar (não saudável), consequência chamada por alguns autores de epidemia da obesidade.
Logo o estudo teve como objetivo observar os efeitos da prática de pilates e da caminhada na qualidade de vida, ansiedade e depressão de indivíduos com sobrepeso e obesidade. O estudo foi metodologicamente randomizado, aonde especialistas da aplicação dos testes não tinham conhecimento de qual grupo os participantes pertenciam respectivamente (cego). Foram aplicados testes e questionários pré e pós a intervenção, como o Beck Depression Inventory (versão brasileira), CPET e o SF-36, para obter informações sobre a capacidade cardiopulmonar (limiar ventilatório), nível de qualidade de vida (aspectos físicos e mentais) e níveis de ansiedade e depressão.
O estudo contou com 72 participantes com idades entre 18 e 66 anos, de ambos os sexos (feminino e masculino), sendo incluídos de acordo com Índice de Massa Corpórea (IMC). Os participantes selecionados forma divididos em três grupos: grupo controle com 20 indivíduos (12 mulheres e 8 homens), grupo caminhada com 21 (20 mulheres e 1 homem) e o grupo pilates com 22 (21 mulheres e 1 homem). A intervenção durou 2 meses, com práticas de três vezes semanas (sem dias consecutivos), com duração de 1h cada sessão e necessitando de no mínimo de 75% de frequência dos participantes.
Em ambas as intervenções foi controlado os níveis de frequência cardíaca, pela aferição do limiar respiratório. A intervenção com o pilates aconteceu em um estúdio com profissionais especializados com mais de sete anos de experiência, a prática foi separada em três etapas, o aquecimento (10min), o treino de pilates (45min) e exercícios de respiração (5min), praticados com equipamentos como: cadeiras, arco mágico e Cadillac. Já a caminhada teve adaptação de acordo com a frequência cardíaca de cada participante, foi composta por treino aeróbico de intensidade moderada, realizada em um parque em terreno plano, e a atividade foi separada em três etapas: aquecimento (10min), treino (40min) e descanso (10min).
Ao final do estudo os autores observaram que em ambas as práticas apresentaram melhoras de qualidade de vida, ansiedade e depressão nos indivíduos com sobrepeso e/ou obesidade, sendo que os grupos apresentaram respectivamente: grupo caminhada, melhoria de qualidade de vida social de 20,3% e saúde mental de 21,85, de ansiedade 18,5% e depressão 35,2%, já o grupo pilates apresentou melhora da qualidade de vida de vitalidade de 28%, social de 29,2% e saúde mental de 19%, já na ansiedade 14,1% e na depressão 27,5%. Desta forma, apresentando melhoras dos aspectos estudados em ambos os tipos de treinamento quando comparados ao grupo controle.
Veja também, como a combinação do HIIT com treino contínuo para o gasto de energia e perda de peso em indivíduos obesos.
