A condromalácia patelar é uma síndrome que afeta a estrutura patelofemoral que pode desencadear sintomas como dor, atrofia do músculo vastos medial e crepitação. Pensando na prevenção e na reabilitação da condromalásia patelar, diversos protocolos foram testados para entender qual tipo de interversão garante o fortalecimento muscular sem sobrecarga articular. Assim, o estudo buscou avaliar o efeito dos exercícios de cadeia cinética aberta (CCA) e a cadeia cinética fechada (CCF) nos portadores de condromalácia patelar.
Trinta e dois participantes do sexo feminino com diagnóstico de condromalácia patelar participaram do estudo e foram separadas em dois grupos. A intervenção durou três semanas, com práticas diárias. O grupo CCA executava o exercício de elevação de perna reta, onde a praticante ficava deitada com uma das pernas flexionada, com o pé no chão e a outra perna permanecia estendida fazendo uma elevação de 45°. Já o grupo CCF executou um semi-agachamento unilateral, neste exercício a praticante permanecia em pé com uma perna flexionada a 90° com as mãos apoiadas em uma superfície para auxiliar no equilíbrio, e nesta posição a perna de base fazia o agachamento com o joelho flexionado a 15° a 20°. Ambas as intervenções foram feitas com sustentação e descanso de 3 a 4 segundos e com início de 20 repetições, havendo aumento de 5 repetições a cada 2 dias, completando ao final da intervenção 70 repetições por sessão.
Para qualificar variáveis como histórico de doenças existentes ou pré existentes (musculoesqueléticas ou neuromusculares), e a presença de dor ao realizar determinadas tarefas como por exemplo subir e descer escadas sem dor, foram aplicados questionários pré e pós-intervenção. Através da palpação da região superior e inferior da patela (Teste de Clark) foi possível avaliar a existência de pontos dolorosos. Também foram analisados aspectos físicos como: ângulo Q do joelho, degradação da dor e força máxima isométrica voluntária.
Após o período de intervenção os autores puderam observar melhoras significativas na junta patelofemoral e na força do músculo vasto medial no grupo que realizou semi-agachamento (CCF). O aumento da força do músculo vasto medial colaborou para a melhora da funcionalidade e a diminuição da crepitação. Um vasto medial fortalecido auxilia na correção do ligamento patelar resultando em uma melhor estabilidade do joelho, além de melhor a distribuição de forças, o que diminui o impacto sob as articulações e melhora os quadros de dor durante a flexão e extensão de joelho em indivíduos com condromalácia. O grupo da elevação de perna reta (CCA), também apresentou alguma melhora na dor e no fortalecimento do musculo vasto medial, entretanto não tão expressivas quando o grupo CCF. Assim podemos concluir que para uma efetiva reabilitação da condromalásia patelar devemos dar prioridade aos exercícios de cadeia cinética fechada.
Visite também nosso Youtube: https://m.youtube.com/channel/UC1mrmIG8ZpfAUZwg2yJGR3Q/featured