Efeito de 6 semanas de estabilização do core melhora o equilíbrio e parâmetros pulmonares em mulheres com asma.

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Existem duas preocupações evidentes em pacientes asmáticos: a obstrução das vias aéreas e a alteração no equilíbrio. O primeiro deles pode ser resolvido através do controle do diafragma, já que assim facilita a inspiração em pacientes com asma. O segundo problema está muito relacionado com a interdependência do sistema locomotor humano e a caixa torácica, sendo que problemas na respiração torácica superior podem causar alterações no equilíbrio.

Esta alteração pode ser resolvida através de exercícios de estabilização do core que, necessariamente, ocorrem com a contração do diafragma. Com isso, pode-se notar que exercícios que priorizam a estabilização do core são de extrema importância para resolver os dois problemas já citados.

Sendo assim, o objetivo do estudo foi investigar a eficiência dos exercícios de estabilização do core combinados com um programa de educação em asma e exercícios respiratórios no equilíbrio e nos parâmetros pulmonares em pacientes com asma.

Para isso, a amostra contou com 40 pacientes asmáticos divididos em dois grupos: o grupo treinamento (GT) e o grupo controle (GC). O GC realizou programa de educação em asma e exercícios respiratórios, enquanto o GT realizou ambos exercícios mais exercícios de estabilização do core.

O programa de educação em asma (PEA) foi realizado uma vez logo no início da intervenção com duração de 20 minutos, onde foram ministrados tópicos de educação sobre asma para os pacientes. Já os exercícios de respiração foram realizados cinco vezes por semana durante seis semanas e incluíram exercícios de controle de respiração, respiração diafragmática e exercícios de respiração com lábios franzidos.

Os exercícios de estabilização do core foram realizados duas vezes por semana durante seis semanas e foram realizados exercícios de respiração diafragmática com estabilização do core, utilizado uma unidade de biofeedback na quinta vértebra torácica.

Para avaliar a função pulmonar foi utilizado a espirometria e medindo a capacidade vital funcional (CVF), capacidade vital forçada em um segundo (CVF1) e a razão de Tiffeneaw, no qual representa a razão entre CVF1 e CVF. Já a pressão inspiratória máxima (PImáx) e a pressão expiratória máxima (PEmáx) foram registradas pelo medidor de pressão respiratória Micro Medical Micro RPM. A capacidade funcional foi medida pelo teste de caminhada de seis minutos e o equilíbrio dinâmico por uma plataforma móvel, no qual os pacientes deveriam ficar em pé durante 30 segundos. Foram feitas avaliações antes e depois das intervenções.

A partir dessa intervenção, o estudo observou que o GT obteve uma melhora mais significativa nos parâmetros de pressão inspiratória máxima quando comparado ao grupo controle (uma melhora de 4,55 foi encontrada no GT enquanto apenas 0,95 foi encontrado no GC). Já sobre os resultados do equilíbrio, foi encontrado uma melhora em ambos os grupos, porém, o GT obteve melhoras mais substanciais. Observou-se também uma melhora expressiva do grupo treinamento no teste de caminhada de seis minutos quando comparado ao grupo controle.

O artigo sugere que tais achados ocorreram devido a uma otimização mecânica do tórax e da parede abdominal, além de um melhor recrutamento do diafragma. Além disso, a melhora na pressão inspiratória máxima pode contribuir para um equilíbrio dinâmico mais eficiente e uma melhor capacidade funcional.

Para concluir, o estudo revela que programas de estabilização do core devem ser adicionados aos protocolos para pacientes com asma intermitente leve, já que demonstram diversos benefícios para esse público, como no equilíbrio, força muscular respiratória e capacidade funcional, parâmetros que favorecem a qualidade de vida desses pacientes.

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Educação Física e Saúde - Universidade de São Paulo (EACH-USP)

São Paulo,

SP

Referência bibliográfica

DEVELI, E. et. al.. The effects of core stabilization training on dynamic balance and pulmonary parameters in patients with asthma. Journal of back and musculoskeletal rehabilitation. Turquia, v. 34, n. 4, p. 639-648, 2021.

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Exemplo: Graduação em educação física e saúde pela Universidade de São Paulo (USP)