O objetivo deste estudo foi observar a eficácia de um programa resistido com bandas elásticas na fadiga e no equilíbrio dinâmico em pessoas com parkinson.
Foram selecionados quarenta e seis (46) participantes diagnosticados com doença de Parkinson nos estágios II-III de Hoehn & Yahr que se encaixavam nos seguintes critérios: ter mais que 65 anos, uso estável de medicamentos, ser capaz de caminhar 10 metros sem ajuda de acompanhante ou de algum instrumento, não ter comprometimento cognitivo ou déficits de compreensão e não ter limitações visuais ou acústicas.
Eles foram divididos igualmente em dois grupos, o grupo experimental e o grupo controle. O primeiro deles realizou um programa de treinamento resistido durante oito semanas com duas sessões semanais de 60 minutos dividido em aquecimento, parte principal e volta à calma. Os exercícios foram realizados sentados e com faixas elásticas buscando o fortalecimento de toda região dos membros inferiores. A primeira até a quarta semana foram usadas para se adaptar aos exercícios e a faixa elástica que tinha uma resistência de aproximadamente 1,5 kg, já nas últimas quatro semanas continuaram a prática dos exercícios propostos agora realizando de uma a três séries de 10-15 repetições com uma faixa elástica de 2,7 Kg.
Enquanto isso, o grupo controle realizou uma intervenção de baixa intensidade com exercícios de respiração, alongamento e relaxamento, buscando interação social e prazer.
Foram avaliados o equilíbrio dinâmico e a fadiga. O equilíbrio foi medido através do Mini-Balance Evaluation System Test, no qual media o controle postural antecipatório, reativo, orientação sensorial e marcha dinâmica, já a fadiga foi mensurada através da escala de fadiga de Piper (quanto maior o escore, mais fadiga a pessoa sente).
A partir disso, o estudo observou que o grupo experimental melhorou o score total de equilíbrio dinâmico e os itens de orientação postural antecipatória, reativa e sensorial com relação a primeira avaliação realizada em seus participantes. Já quando comparado com o grupo controle, o grupo experimental obteve melhoras mais significativas no escore total e no controle postural reativo.
Nos resultados de fadiga, o grupo experimental apresentou melhoras significativamente maiores no escore total e na subescala afetiva quando comparado com o grupo controle. Além disso, foi observado melhoras dentro do grupo experimental no score total e na subescala comportamental, afetiva e sensorial.
Os achados deste estudo revelam uma estratégia eficaz, barata e de fácil aplicabilidade para melhora no equilíbrio e na fadiga, disfunções que limitam a independência e a qualidade de vida em pessoas com Parkinson. Por isso, melhoras nesses parâmetros são de extrema importância para essa população.